PIX pode orientar retomada da economia no pós-pandemia

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No mercado bancário, fintechs e instituições financeiras tradicionais vêm investindo cada vez mais em tecnologia. Para acompanhar a transformação digital do setor, as empresas do segmento apostam em novas soluções com o potencial de otimizar os processos e gerar uma experiência mais agradável para os clientes.

Ao investir em tecnologia para o mercado financeiro, explorando ferramentas disruptivas como os pagamentos instantâneos, as instituições bancárias podem impulsionar a retomada da economia no pós-COVID

Esse movimento ganha ainda mais propulsão devido aos novos hábitos de uso da tecnologia que surgiram em meio a pandemia. Em função do isolamento social, muitas pessoas que ainda usavam os serviços bancários nas agências físicas migraram para o mobile banking. De acordo com pesquisa realizada pelo site SensorTower, os aplicativos de seis bancos brasileiros se destacaram no ranking dos 150 mais baixados pelos brasileiros desde março. 

Mas, afinal, como esses novos hábitos podem acelerar a digitalização do mercado financeiro?

Neste artigo, mostramos porque e como projetos de inovação como o PIX e o Open Banking estão ganhando ainda mais robustez. 

Quer saber mais? Continue lendo o artigo! 

Transformação digital do setor bancário ganha velocidade no contexto pandemia

Com o isolamento social, provocado pelo avanço da pandemia da COVID-19, tem sido possível observar o aumento do uso dos serviços digitais. Neste novo cenário, muitos clientes que resistiam à digitalização acabaram migrando por força da necessidade. Eles buscaram entretenimento digital, usando serviços de streaming, e fizeram mais compras online, aumentando a demanda do e-commerce. No setor financeiro o mesmo movimento aconteceu. 

Cada vez mais, o consumidor está aprendendo a explorar aplicativos e home banking. Quer ver um exemplo simples que impactou milhões de brasileiros? Grande parte dos beneficiários do Auxílio Emergencial recebe o benefício digitalmente.

É fato: a pandemia acelerou mudanças na forma como as pessoas se relacionam com seus bancos. De acordo com a pesquisa World Retail Banking 2020, realizada pela Capgemini e Efma, hoje 57% das pessoas preferem usar internet banking. Antes do isolamento social, esse número era de 49%. O estudo registrou aumento também no número de usuários de aplicativos das instituições financeiras: antes 47% dos clientes usam app, agora 55% preferem esse canal para fazer serviços bancários. 

Tecnologia para o mercado financeiro: qual a proposta do PIX? 

Diante do aumento da procura pelos serviços bancários digitais, esse é o momento perfeito para que instituições financeiras, fintechs e órgãos reguladores somem esforços em prol da transformação digital do setor financeiro. 

Neste sentido, um dos projetos que faz parte do movimento de digitalização dos bancos é o PIX, o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos

Com a iniciativa, o Banco Central do Brasil quer garantir mais velocidade às transações viabilizando a quitação dos pagamentos em tempo real, sem qualquer custo, em 24/7/365. 

Na prática, isso quer dizer que a conciliação bancária será feita na hora, e não apenas em dias úteis e no horário comercial. Ou seja, depois do usuário pagar um boleto, o sistema levará alguns segundos para classificá-lo como quitado, e não cinco dias úteis como acontece hoje. 

Com isso, o PIX deve se firmar como uma alternativa a mais para o cliente, além dos outros modelos de transações e pagamentos já conhecidos, como boleto, cartão, TED, DOC e cheque.

No atual contexto, muito além de facilitar a vida do cliente digitalizando a experiência dele, o PIX tem potencial para impulsionar a retomada do comércio. Isso porque o sistema diminui os custos das transações, potencializando o crescimento dos negócios. 

Ao permitir saques em lojas, o PIX ajuda a reduzir o custo logístico e operacional com a distribuição de numerário e ainda tem potencial de gerar novos negócios para os varejistas.

É claro que a redução de custos e de tempo nos processos de conciliação bancária não impacta apenas em operações cotidianas, mas também nas questões macroeconômicas.

A expectativa é que a plataforma brasileira de pagamentos instantâneos, com lançamento previsto para novembro, acelere a retomada do crescimento cíclico, viabilizando também o crescimento sustentável a longo prazo.

Qual o papel e a importância do Open Banking?

Além do PIX, o open banking é outro projeto de transformação digital que vem sendo implementado pelo Banco Central do Brasil e, agora, assume o papel de acelerador da retomada da economia pós-COVID.

O open banking, sistema financeiro aberto, é formado por um conjunto de regras e tecnologias que permitem o compartilhamento seguro, mediante autorização prévia, dos dados cadastrais e financeiros de pessoas e empresas.

Dessa maneira, o sistema deve simplificar o acesso ao crédito, facilitar a portabilidade de conta, além de ajudar o consumidor a ter mais controle sobre seus dados. O open banking tem potencial para ampliar a inclusão financeira e aumentar a competitividade do setor, colocando fintechs e bancos em posição de igualdade. 

Tanto o PIX quanto o open banking integram uma estratégia conhecida como Agenda #BC, que inclui também o Sandbox Regulatório e visa modernizar a estrutura do sistema financeiro do Brasil. 

Open Banking e PIX estão no centro do sistema financeiro do futuro

A agenda do BC visa estimular a competição, a inovação e a inclusão para construir o sistema financeiro do futuro

Com projetos como PIX e open banking deseja organizar e modernizar o mercado bancário. A estratégia de inovação é orientada por dois princípios centrais: a competitividade do setor e a proteção dos dados pessoais e financeiros dos brasileiros.

Além disso, o PIX e o open banking também devem contribuir para a “desconcentração bancária”, oferecendo condições mais interessantes de atuação para as fintechs, por exemplo, e levando acesso aos desbancarizados. 

No momento, o BC está voltando esforços para a regulamentação do PIX: 980 instituições financeiras já fizeram adesão ao sistema. De acordo com o cronograma, o lançamento parcial do serviço – para um número limitado de usuários – será no dia 03/11 e a abertura total no dia 16/11.  

A transformação digital do setor bancário segue a todo vapor. Quer acompanhar esse movimento? Continue lendo o Trends!

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