JSON: por que é importante para API?
Enquanto os aplicativos parecem estar com os dias contados, os chatbots estão invadindo o mercado. De acordo com previsões da Gartner, até 2020 um quarto dos atendimentos será feito com o uso de inteligência artificial.
Contudo, para que essa revolução seja possível os profissionais de tecnologia da informação precisam usar APIs. Afinal, sem a integração entre um chatbot e a base de dados de uma plataforma, por exemplo, a comunicação se torna impossível e o atendimento ao cliente também.
Por isso, os desenvolvedores que estão à frente de projetos importantes, com alto grau de inovação, usam diferentes linguagens para construir aplicativos e sistemas. Atualmente, o formato JSON é um dos mais utilizados na representação, armazenamento e tráfego de dados entre aplicações, principalmente web services.
Contudo, será que os profissionais da área entendem o potencial dessa ferramenta? Para simplificar, é possível conferir, a seguir, tudo o que é importante sobre esse formato.
Saiba como esse conceito pode facilitar o dia a dia do time de desenvolvimento. Siga na leitura deste artigo!
1. JSON: entendendo o conceito
Ao desdobrar a sigla, o conceito se explica como JavaScript Object Notation. Em suma, trata-se de um formato leve de troca de informações/dados entre sistemas que não se aplica exclusivamente ao JavaScript. Douglas Crockford, o arquiteto JavaScript do Yahoo!, é conhecido como o inventor do formato que ele define como “o XML sem gordura”.
O formato pode ser usado para representar informações extremamente simples de outros sistemas também. Na prática, para cada valor representado, atribui-se um nome (ou rótulo) que descreve o seu significado como no exemplo, a seguir, que representa o ano de 2019:
Basicamente, este formato se baseia em duas estruturas:
- Uma coleção de pares nome/valor. Em várias linguagens, isto é caracterizado como um object, record, struct, dicionário, hash table, keyed list ou arrays associativas.
- Uma lista ordenada de valores. Na maioria das linguagens, isto é caracterizado como uma array, vetor, lista ou sequência.
A seguir, estão listadas algumas das principais vantagens do formato:
- Proporciona uma leitura mais simples;
- É um analisador (parsing) descomplicado e prático;
- Caracteriza-se por ser uma linguagem tipada, que suporta objetos e usa variáveis com tipos específicos;
- Possui uma velocidade maior na execução e transporte de dados;
- Os arquivos do formato têm tamanho reduzido e mais compacto.
2. Como o JSON funciona?
Como trata-se de um formato largamente usado para armazenamento e troca de dados entre sistemas, também é fácil de aprender de ser interpretado e gerado. Isso porque o padrão lógico é simples tanto para humanos como também para máquinas.
Veja as principais regras de sintaxe:
- Dados estão definidos aos pares no formato: nome : valor
- Os dados são separados por vírgulas (,)
- As chaves {} contém objetos
- Os colchetes [] expressam matrizes/vetores
Com essa estrutura, na prática, ele é mais simples que o XML, por exemplo.
Veja só a comparação:
JSON
{
"id":1,
"nome":"José da Silva",
"endereco":"Avenida Paulista 1000"
}
XML
<xml>
<id>1</id>
<nome>José da Silva</nome>
<endereco>Avenida Paulista 1000</endereco>
</xml>
3. Quais as suas principais aplicações?
Com leveza no transporte de dados e amplo suporte por grande parte das linguagens de programação, JSON parece ganhar cada vez mais espaço. Para o desenvolvimento de web e API, então, o formato facilita o trabalho de empresas de tecnologia e profissionais da área. Tanto é verdade que o gigante Google já usa o formato para a troca de interfaces de integração.
No entanto, é fundamental saber que o formato precisa ser aceito por uma série de linguagens diferentes. Na prática é exatamente assim que acontece. Atualmente, muitas linguagens já aceitam nativamente o JSON, ou seja, fazem o parser e permitem ler e escrever no padrão. Dentre àquelas que aceitam o formato, vale citar:
- Python;
- Rugby;
- PHP;
- JavaScript.
Contudo, se o desenvolvedor trabalha com outra linguagem que não tem suporte nativo do padrão, não há razão para se preocupar. Isso porque o site oferece várias bibliotecas que permitem fazer o parser do padrão para muitas linguagens. O Java, por exemplo, tem mais de 20 parsers no site oficial do formato.
Além disso, com o amplo uso, novas bibliotecas são criadas.
A GSON, por exemplo, foi criada pelo Google para conversão de objetos Java em representação JSON. Assim, é possível trabalhar com objetos Java arbitrários, incluindo objetos predefinidos que ainda não têm código-fonte. Outra possibilidade é fazer o caminho inverso: converter uma cadeia JSON para objetos Java equivalentes.
4. Como aprender mais sobre o formato?
Para simplificar a estrutura das aplicações, cada vez mais os times de desenvolvimento apostam no formato com o intuito de tornar os projetos mais leves e o gerenciamento dos dados mais fácil.
Neste contexto, os profissionais da área se veem diante do desafio de aprender mais sobre este novo formato, bem como incorporá-lo nas aplicações e sistemas. A boa notícia é que existe muito conteúdo de formação disponível gratuitamente e o melhor: on-line! É acessar, estudar e testar na prática. Veja algumas das opções disponíveis em plataforma digitais:
Como manipular dados em JSON no .NET
Criando uma Web API com retorno de JSON
O portal oficial do formato também traz muitas informações relevantes que orientam os desenvolvedores.
Outra dica é buscar conhecimento em sites de ferramentas de parser online. Para o desenvolvedor que está começando a aprender o novo formato, esses canais fazem toda a diferença.
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