O guia definitivo da transformação digital

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O avanço de novas tecnologias tem o potencial de transformar da água para o vinho a vida, e porque não, o destino da humanidade. A invenção do telégrafo, dos automóveis e aviões, a descoberta da eletricidade, a evolução dos microchips e a popularização da internet foram marcos de uma revolução sem data para acabar. 

Aos poucos chegamos perto da realidade já vista na ficção. Os veículos autônomos mostrados no desenho Os Jetsons e também em filmes como Minority Report, entre tantos outros, já estão em testes avançados pelo Google e outras empresas. Já os bots de Eu, Robô e Blade Runner 2049 têm seu ancestral na Sophia.

Todas essas evoluções são algumas das consequências da transformação digital. No mundo corporativo a digitalização dos negócios não é mais uma dúvida de ‘se vai acontecer’, mas a certeza de ‘quando vai acontecer’. E a resposta é óbvia: agora.

Conheça, neste post, o conceito de transformação digital e porquê é tão importante dominá-lo.

O que é transformação digital?

A transformação digital é a integração da tecnologia digital em todas as áreas de um negócio, mudando fundamentalmente como uma empresa opera e agrega valor aos clientes. Sua adoção é imperativa para todos os negócios, de qualquer porte e segmento.

Ela envolve uma mudança no estilo de liderar, adotando um pensamento diferente que incentive a inovação e novos modelos de negócios. Isso significa incorporar a digitalização de ativos e apostar no uso crescente de tecnologia para melhorar a experiência dos colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros.

A digitalização nos negócios é também uma mudança cultural que exige que as organizações desafiem continuamente a zona de conforto, experimentando e estando prontas caso a iniciativa não dê certo. Isso pode significar o afastamento de processos empresariais tradicionais em favor de práticas novas que ainda estão sendo definidas.

Por que a transformação digital é tão importante?

Há uma série de motivos pelas quais uma empresa pode passar por uma transformação digital. Mas, de longe, a razão mais provável é que elas simplesmente precisam passar por esse processo. É uma questão de sobrevivência para muitos negócios.

A pesquisa da IDC “FutureScape: Worldwide Digital Transformation 2018 Predictions” relatou: “Até o final de 2019, os gastos com a transformação digital atingirão US $ 1,7 trilhão em todo o mundo, um aumento de 42% em relação a 2017”.

E quem disse que o caminho será simples? Previsão da IDC reflete: “Até 2019 a transformação digital conflitante e uma inovação tecnológica ineficiente fará com com 75% das empresas falhem em seus projetos de digitalização dos negócios”.

Veja, abaixo, outros 3 motivos da urgência da transformação digital:

  1. Os concorrentes já estão trabalhando nisso: De acordo com um relatório da Forrester Research os executivos preveem que quase metade de sua receita será impulsionada pelo digital até o ano 2020;
  2. Maior lucratividade: Pesquisa da Gartner apurou que 56% das empresas que trabalham na digitalização dos negócios já melhoraram os lucros;
  3. Melhor eficiência: Levantamento da Hitachi Consulting mostra que 9 entre 10 decisores de TI afirmam que os sistemas legados os impedem de aproveitar as tecnologias digitais de que precisam para crescer e se tornarem mais eficientes;

Os principais agentes da transformação digital

Fazer parte da transformação digital é estar atento às mudanças, encarando-as como oportunidades. Todos os mercados estão se reinventando e o momento é de disrupção, inovações e mudanças significativas. Nesse cenário, investir em modernização e digitalização dos negócios é cada vez mais urgente.

Mas quais são as 5 principais tecnologias que irão guiar os novos processos? É o que você confere a seguir.

1- Computação em nuvem

Hoje que tudo está e acontece ‘na nuvem’. Praticamente 100% o que é consumido na Internet: e-mail, redes sociais, armazenamento de arquivos, streaming de vídeo e música vêm de aplicativos e serviços baseados na computação em nuvem.

A grande vantagem da sua utilização é acessar os dados, de qualquer lugar do mundo. Adotada de maneira massiva pelas empresas, com o uso de sistemas SaaS (Softwares vendidos como serviço), a tecnologia é fundamental para acelerar o crescimento das empresas.

2- Big Data

Big Data é um termo que descreve grande volume de dados que são gerados a cada segundo. Essas informações, que vêm de fontes como mídias sociais e sistemas usados pela empresa podem ser cruzadas e usadas em análises que geram insights, levando a decisões melhores e ações estratégicas de negócio.

3- Internet das Coisas

A Internet das Coisas (também conhecida por IoT, Internet of Things, em inglês) é um conceito em que todos os objetos podem ser conectados à internet, agindo de modo inteligente e sensorial, transmitindo dados coletados.

Eletrodomésticos, carros, wearables (dispositivos tecnológicos vestíveis, como roupa), peças de equipamentos. São inúmeras as possibilidades de adicionar computação às coisas do cotidiano.

4- Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) se propõe a desenvolver tecnologias que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas.

Na vida real já são várias as aplicações da Inteligência Artificial: jogos, programas de computador, robótica e programas de diagnósticos médicos, entre muitos outros.

5- Mídias sociais

As mídias sociais são um excelente canal de comunicação, utilizando-as para interagir com os usuários e até gerenciar crises. E é possível ir além, monitorando as interações para detectar tendências e até prever os desejos dos clientes.

A realidade da transformação digital no Brasil

A adoção da transformação digital das empresas brasileiras é bem diverso. Enquanto alguns setores apresentam um avanço maior outros ainda estão nos primeiros estágios. E, para complicar ainda mais, dados da Capgemini revelam que essa discrepância pode ser vista dentro do mesmo segmento, como Varejo e Financeiro.

A pesquisa apontou que 46% das empresas de Varejo entrevistadas acredita que as tecnologias digitais vão alterar radicalmente a sua tradicional maneira de fazer negócios. Porém, apenas 36% tem um planejamento detalhado do caminho a ser percorrido.

Já no Mercado Financeiro as instituições estão um pouco mais avançadas. Das 33 empresas participantes da pesquisa, 53% delas já tem uma estratégia bem definida de transformação digital e afirma que as mudanças serão drásticas em comparação à forma como atuam neste momento.

O relatório mostrou que, embora a definição de transformação digital pareça estar bem definida em muitas companhias, há outros desafios. Alguns deles são o compromisso da alta administração, o compartilhamento e a promoção de um entendimento comum em toda a organização.

A comunicação e o envolvimento dos funcionários, em vez de serem impulsionadores para a transformação digital, são vistos como fatores limitantes em várias empresas, o que pode inibir o sucesso das mudanças.

Empresas que saem na frente

A pesquisa da Capgemini revelou com clareza o quanto a transformação digital ainda precisa evoluir no País. Mas em terras tupiniquins já há excelentes exemplos de empresas que já usam a digitalização dos negócios como uma ferramenta disruptiva para sair na frente dos concorrentes.

Confira quem já faz a diferença:

Magazine Luiza

Sem dúvidas um dos cases mais importantes é o do Magazine Luiza. Uma das principais varejistas brasileiras, a empresa tinha a meta disruptiva de migrar de um varejo tradicional com um e-commerce para um negócio digital que conta com lojas físicas.

Para atingir esse objetivo foi necessário realizar mudanças profundas. Uma estratégia multicanal que incluiu a conexão com marketplaces, desenvolvimento de um aplicativo e aperfeiçoamento da experiência do usuário, entre outras medidas. 

Inovação foi a palavra de ordem e os resultados foram surpreendentes. Hoje mais da metade das visitas no site são realizadas por dispositivos móveis e um número superior a 30% é convertido em vendas.

Nubank

Outro grande exemplo é o Nubank, 7ª na lista das 100 Fintechs mais inovadoras do mundo segundo a KPMG e H2 Venture. O surgimento em 2013 provocou um verdadeiro ‘rebuliço’ no mercado bancário.

A facilidade já pode ser percebida pelo cliente que tenta abrir uma conta. O processo funciona por meio de uma plataforma 100% digital, diminuindo muito a burocracia. A interface é amigável e o consumidor consegue acompanhar os gastos e antecipar o pagamento de faturas. Para complementar, o Nubank não cobra anuidade para o uso do cartão de crédito.

Esse modelo de negócio conseguiu romper com o praticado pelos bancos tradicionais e fez com que as demais instituições precisassem modernizar os seus serviços, por meio da criação de aplicativos para acompanhamento dos gastos e a oferta de contas digitais. Contudo, eles ainda não conseguem se equiparar à agilidade e ao atendimento diferenciado do Nubank.

Leroy Merlin

A multinacional francesa Leroy Merlin, referência no mercado de materiais de construção, tinha como necessidade oferecer aos clientes uma maneira mais fácil de integrar os canais on e offline

O objetivo foi atingido ao utilizar campanhas de display e Google Shopping. Quando o cliente faz uma busca a base de dados dos inventários mostra os produtos em estoque nas lojas próximas. Já o resultado foi um aumento de 36% nas visitas às lojas e 26% de redução no custo por visita.

Hospital Sírio Libanês

A inovação no Hospital Sírio Libanês aconteceu para eliminar o gargalo da identificação dos clientes que chegam para realizar exames. Um sistema de autoatendimento foi instalado e basta o cliente digitar CPF ou protocolo para iniciar o processo.

A própria pessoa é quem digitaliza o pedido médico, os documentos de identificação e insere os dados do convênio, entre outras informações. O software faz a triagem necessária e já emite a senha de atendimento. O resultado foi a redução de 20% no tempo de atendimento, além de desafogar as demandas das posições de atendimento.

A transformação digital é a grande força motriz que levará a digitalização dos negócios rumo ao futuro. Para realizá-la com sucesso o importante é ter planejamento, definir bem as estratégias e contar com uma cultura organizacional que permita mudanças profundas.

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