Estratégias de aprendizagem no ambiente de trabalho

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Quando olhamos para o ambiente de trabalho hoje, vemos um cenário curioso: até cinco gerações dividem espaço nas oportunidades do mercado. Isso ocorre principalmente em empresas mais tradicionais e/ou familiares, que são muito comuns no setor de seguros.

Cada geração tem as suas próprias características, que afetam o modo como as empresas a enxergam e lidam com seu desenvolvimento. Mas quais são os desafios de manter uma equipe com colaboradores de idades diversificadas?

O aprendizado deve fazer parte constante de todos. Confira neste artigo o que esperar de suas equipes para manter o ambiente de trabalho alinhado com as necessidades da transformação digital!

Os perfis das gerações ativas no mercado

Com o aumento da expectativa de vida e melhores condições de saúde, as pessoas tendem a permanecer por mais tempo no mercado de trabalho. Além de muitos terem necessidades diferentes em relação à aposentadoria, as gerações mais velhas também querem se manter ativas para se sentirem úteis.

Com isso, já vemos no mercado cinco perfis de trabalhadores de acordo com a idade. Eles precisam enfrentar seus próprios desafios nas empresas para se integrarem aos ecossistemas modernos.

Pré-1945

As gerações mais tradicionais, acima dos 75 anos, já não são mais tão incomuns no ambiente de trabalho. Com melhor saúde, essas pessoas ainda podem ter necessidade de se manter ativas e fazer renda, mesmo com filhos adultos.

Baby Boomers

Nascidos entre 1946 e 1964, é a geração mais numerosa de todas. São aqueles que começam a se aposentar, deixando dois desafios para as empresas: como manter as habilidades dos que ficam e como substituir quem sai?

Essa geração tem mais dificuldade de se encaixar nas empresas, que têm menos interesse em um perfil visto como custoso para agregar valor antes da aposentadoria. Por outro lado, tendem a ser mais fiéis, com mais foco em se desenvolver e fazer acontecer em uma organização. É comum vê-los no setor de seguros.

Geração X

Nascidos entre 1965 e 1980, as pessoas nessa faixa são aptas a tomarem riscos nos negócios. É uma geração que se desenvolveu de forma mais independente, aprendendo a se autogerenciar.

Geração Y (Millennials)

Os millennials nasceram desde 1980 até meados dos anos 1990. Entrando no mercado de trabalho já no século XXI, é uma geração mais familiarizada com o mundo digital, movida por valores, menos ambiciosa e mais colaborativa por natureza.

Constantemente conectados, esses trabalhadores valorizam as interações sociais e estão atualizados às tendências de ferramentas. Além disso, tiveram fortes incentivos para obter diplomas universitários e começam a se preocupar mais com questões sociais e ambientais.

Geração Z

A geração Z teve início no final do século XX e já permeia o ambiente de trabalho das empresas. Nascidos em um mundo conectado, é uma geração dependente da tecnologia e que são engajados desde cedo. Como força de trabalho, esse perfil encontrou uma economia já balançada pela crise de 2008.

Como é o aprendizado no atual ambiente de trabalho

Embora as gerações tenham suas características estereotipadas, vivemos em uma era de tecnologia e aprendizados digitais. Nesse contexto, os profissionais de pesquisa e desenvolvimento precisam encontrar formas de atender o aprendizado de novas gerações exigentes e digitais.

É isso que indica um relatório da organização Towards Maturity sobre como os millenials reforçam o aprendizado em equipe no ambiente de trabalho. A pesquisa teve mais de 4.500 participantes — um terço abaixo de 30 anos — que responderam questões sobre iniciativas de desenvolvimento das habilidades.

De forma geral, o resultado mostra que as diferentes idades impactam pouco na forma como os profissionais enxergam os modelos de aprendizado e o relacionamento com as tecnologias. Tanto as pessoas acima de 50 anos como as abaixo dos 30 anos entendem a importância no suporte para o desenvolvimento, vendo de forma negativa um ambiente de trabalho rígido e com infraestrutura de baixa qualidade.

Além disso, foi identificada a diferença gritante entre as técnicas de aprendizado e o que os profissionais esperam. As experiências de desenvolvimento muitas vezes são entregues de forma diferenciada para as novas gerações, levando mais em conta assunções do que insights de fato. Enquanto isso, os modelos poderiam ser estendidos para todos.

Encontrando o melhor caminho

O que o relatório ajudou a entender é que os times de desenvolvimento e aprendizado precisam encontrar soluções capazes de se adaptarem às necessidades individuais, de forma personalizada. Para isso, é essencial saber quem está no ambiente de trabalho, os desafios e as aspirações desses profissionais, ainda mais no contexto de transformação digital.

A transformação digital leva a uma constante redefinição de estratégias, em modelos baseados em evidências. Esse redesenho de processos exige novas habilidades, o que aumenta a necessidade de adaptar os paradigmas e formas de trabalho.

As equipes precisam aprender a trabalhar em conjunto, com técnicas alinhadas. As habilidades e comportamentos devem se encaixar em uma mesma visão, com métodos práticos que inspirem o aspecto colaborativo.

Aprendizados importantes para todas as gerações

A pesquisa da Towards Maturity também revelou as características mais valiosas de forma horizontal para todas as gerações. Todas elas trazem aspectos de personalização no suporte do aprendizado.

1. Colaboração com os colegas

Mais de 80% dos participantes enxergam valor em aprender com as experiências dos colegas. Erros e acertos fazem parte da experiência individual e repassar esse conhecimento durante um projeto ajuda a criar times consistentes.

Assim, é importante que as empresas desenvolvam mecanismos para que as equipes possam trabalhar em conjunto. A cultura organizacional deve estar aberta para a colaboração, contando com o envolvimento dos líderes e de sistemas integrados para ajudar nessa questão.

2. Suporte de gestores e líderes

Todas as gerações também concordam que o líder tem papel importante no conhecimento, principalmente os millennials. Os gestores precisam dar espaço para as equipes experimentarem no ambiente de trabalho, encorajando seus colaboradores e disponibilizando tempo hábil para esse tipo de aprendizado.

No entanto, a pesquisa identificou que muitos líderes se isentam da responsabilidade de contribuir no suporte adequado. Enquanto alguns acreditam que essa não seja uma responsabilidade deles, outros não conseguem encontrar tempo hábil para ajudar.

Apenas um quarto das empresas tem agido para desenvolver líderes que ajudam seus times, mas essa é uma estratégia de grande valor para as atividades.

3. Aprendizado no próprio ritmo

Por fim, cada colaborador tem o seu ritmo de aprendizado e isso deve ser respeitado, de acordo com o projeto. As empresas precisam disponibilizar recursos que permitam o desenvolvimento individual sempre que necessário.

Sem um direcionamento, o ambiente de trabalho fica prejudicado, principalmente diante de exigências de excelência. Uma forma de contribuir é deixar cursos, FAQs e outros métodos de aprendizado à disposição, além de promover eventos como os hackatons. Com a transformação digital em alta, as ferramentas digitais podem auxiliar para tornar esse conhecimento acessível.

Esses insights mostram que as gerações podem e devem caminhar juntas no ambiente de trabalho. Cada uma tem a sua parte para oferecer no conhecimento do time, mas as organizações devem contribuir para possibilitar esse contexto. Quer mais dicas para reforçar a transformação digital na sua empresa? Então continue lendo o nosso blog!

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