A importância dos hackatons para o ecossistema de seguros

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A realização de mais uma edição do hacka GR1D – desta vez a cidade escolhida foi Campinas, um pólo de tecnologia e inovação latente do Brasil, e a maratona será entre os dias 14 e 15 de dezembro – leva a uma reflexão importante: qual é o real papel de um evento deste tipo para o ecossistema de seguros?

Um hackathon é uma excelente ferramenta por diversos motivos. O primeiro deles é que traz muito mais que uma disruptura no ponto de vista tecnológico, é mais amplo do que isso. O segundo é que uma maratona instiga a mudança de mindset. Um hackathon provoca uma mudança cultural, uma nova visão e posicionamento frente aos desafios do dia a dia. 

Um hacka, como chamamos carinhosamente nossa competição que está na terceira edição, envolve produtos, processos e pessoas. 

Quando falamos produto, estamos nos referindo ao negócio em si e como esse pode ser revisitado, quais as variáveis que podem ser alteradas, seja para redefinição de algo existente ou construção de algo completamente novo.

A vertente de processos, segundo minha perspectiva, é uma das mais impactadas e importantes. Ao longo da jornada é muito comum descobrir novos processos e maneiras de realizar algo que já existia. Na segunda edição do Hacka GR1D, realizada no Rio de Janeiro, um dos times utilizou uma frase que acabou me marcando bastante:

“Ame o processo”

O processo, na verdade, é pensar de forma mais estruturada – e se ele for focado no ponto de vista do cliente, faz todo sentido. A partir deste ponto, o negócio se constitui e a tecnologia utilizada é o meio envolvido para atender um propósito. Acaba sendo uma reconstrução, levando à mudança de mindset de que já falei antes. 

E a inovação não precisa ser sinônimo de reinventar a roda. Ela pode ser incremental, simplificando o que já existe. Até porque a beleza está nas coisas simples.

Para que toda esta inovação seja possível na competição são envolvidas pessoas de habilidades e conhecimentos distintos em cada squad, formando um time multidisciplinar. Cada equipe tem representantes de Negócios (Administração, Marketing e Vendas, por exemplo), Design e User Experience/User Interface e, é claro, de Tecnologia, com conhecimento em Programação/Desenvolvimento. 

É a chance de os participantes entenderem a operação como um todo, ter uma visão mais ampla sobre o problema e como o negócio/processo serão a solução encontrada. Quando se trabalha em uma empresa tudo é muito fragmentado, se contribui apenas de uma pequena parcela da criação de um produto e, nem sempre, é possível ter essa visão mais holística. 

Dentro de um hacka todos os participantes do time são ativos nas tomadas de decisão. É muito mais que executar, mas sugerir melhores caminhos, tecnologias e soluções para os problemas que surgem. 

Além de crescer como profissional, a competição traz também uma oportunidade sem igual de networking – seja com os parceiros de equipe, mentores e até jurados. 

Costumamos levar representantes de empresas que atuam no ecossistema de seguros e estão ávidos por novidades, tanto em produtos como em pessoas! O primeiro hacka foi feito em Recife (PE), dentro da estrutura da Accenture. Essa empresa, inclusive, usou a oportunidade para recrutar talentos não só de desenvolvedores, mas de todos os tipos de perfis que lá estavam.

E este é justamente o papel da GR1D como fomentadora da inovação: trazer empresas que efetivamente buscam se conectar com as outras e descobrir  novas soluções. Nos vemos não apenas como grande integrador de serviços, mas sim um agregador de parceiros que queiram compartilhar conhecimentos. 

O desejo é de unir o máximo possível de pessoas que acreditem que é possível transformar e fazer evoluir um mercado tão tradicional e regulado como o de seguros. 

As ideias que surgem precisam ser lapidadas e ajustadas. Mas a provocação é: se em 36 horas pessoas com pouco conhecimento do mercado entregam soluções prototipadas de forma funcional, imagine com profissionais bem preparados, o que não é possível ser feito? 

Este é o verdadeiro espírito inovador que justifica a realização de um hackathon.

Por Fabiana Bergamin, Head de negócios da GR1D Insurance.

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